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maio 24, 2015

Os 20 felinos mais extraordinários da terra


Praticamente invisíveis, com garras afiadas e reflexos apurados. Movem-se com cautela. Calculam cada passo. Mesmo no chão repleto de folhas secas nenhum barulho é perceptível. Eles estão lá, mas é impossível avistá-los. Andam pelo ambiente como se fossem fantasmas e, quando menos se espera, partem para o ataque. Os felinos são especialistas na arte da caça e farão qualquer coisa para matar sua presa.

Os gatos são caçadores noturnos e solitários em sua maioria. Possuem grandes olhos posicionados para frente, o que permite julgar distâncias com precisão. À noite sua visão fica seis vezes mais apurada do que a nossa. Eles devem essa alta sensibilidade ao tapetum, uma membrana que fica atrás do cristalino e reflete a luz que passa pela pupila. É o brilho refletido por essa camada que vemos quando colocamos a lanterna nos olhos de um felino.

Os outros sentidos também são aguçados. Orelhas grandes, móveis e em forma de funil, captam o som de qualquer animal que esteja por perto. Bigodes altamente sensíveis e olfato apurado ajudam na navegação e permitem localizar um alvo mesmo no escuro total.

Almofadas na sola das patas ajudam a abafar o som e permitem que o predador se aproxime sem fazer barulho. A pelagem se mescla com o ambiente e dificulta a visualização (As listras de um tigre se misturam com a grama alta enquanto as rosetas de felinos encontrados em florestas imitam o efeito dos raios de luz que passam pela copa das árvores).

As garras retráteis permanecem guardadas na maior parte do tempo. Assim, elas não se desgastam e permanecem afiadas. Quando o felino precisa escalar ou agarrar uma presa, elas aparecem rapidamente em um mecanismo semelhante ao de um canivete.

Os felinos são predadores de topo de cadeia, controlam a população de presas, abatem os indivíduos mais vulneráveis, eliminam portadores de doenças e são essenciais para a manutenção de um ecossistema saudável.

Respeitados e venerados por alguns e temidos e perseguidos por outros, a maioria das espécies está em declínio. A destruição do habitat, a caça para a fabricação de medicamentos e confecção de casacos e a perseguição de fazendeiros que querem proteger seus rebanhos são as principais ameaças.

É inegável o poder que temos para mudar o mundo. Nenhuma espécie tem um controle tão grande sobre a Terra quanto os seres-humanos. Esse fato coloca sobre nós, queira gostemos ou não, uma responsabilidade gigantesca: Não é somente o nosso futuro que está em nossas mãos, mas o destinos de todas as outras criaturas com quem dividimos o planeta.

Veja a seguir a lista com 20 felinos extraordinários:

Tigre (Panthera tigris)
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Encontrados em grande parte da Ásia, os tigres são os maiores felinos do mundo. Habitavam lugares tão diversificados (florestas tropicais, pântanos e savanas) que acabaram evoluindo em populações regionais com padrões e tamanhos distintos, a ponto de serem classificadas em subespécies diferentes, incluindo o tigre-siberiano, Panthera tigris altaica (foto). Hoje, a maioria está extinta. A perda de habitat, a caça de suas presas e o mercado negro chinês – que vende partes do corpo do felino para fazer remédios – estão dizimando um dos predadores mais formidáveis do planeta. A estimativa é que existam apenas 2 500 tigres na natureza

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie ameaçada.

Guepardo (Acinonyx jubatus)
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O mamífero terrestre mais rápido do planeta pode atingir 110 km/h. Suas garras não são retráteis, o que gera mais tração e, consequentemente, mais velocidade. O felino tem uma alta taxa de sucesso na captura de presas. Esse fato não é visto com bons olhos pelos fazendeiros, que frequentemente matam os guepardos para proteger seus rebanhos. A competição com outros gatos também é uma ameaça à espécie: em algumas áreas a mortalidade de filhotes chega a 95%, a maioria das perdas é causada por leões.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie vulnerável.

Onça-pintada (Panthera onca)
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A onça-pintada é o maior felino das Américas. Possui a mordida mais poderosa entre os felinos. Enquanto os outros gatos utilizam uma técnica de caça com bote no pescoço seguida de sufocamento, a onça crava os caninos na cabeça da presa e perfura o crânio da vítima até chegar ao cérebro. Ela seleciona indivíduos inexperientes, machucados, doentes ou mais velhos, o que acaba resultando em benefício para a própria população de presas. Infelizmente, fazendeiros abatem o felino para proteger seus rebanhos. No Pantanal, oProjeto Onçafari tenta salvar a espécie através do ecoturismo, mostrando que a onça pode ter mais valor se permanecer viva.

Status no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: espécie vulnerável.

Caracal (Caracal caracal)
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Encontrado na África e na Ásia, o caracal, também conhecido como lince-do-deserto, é capaz de pular 3 metros na vertical para abater aves em pleno voo. Mas também caça roedores e pequenos antílopes. Animais domésticos também podem fazer parte do cardápio e a presença deste felino não é muito apreciada por fazendeiros. No entanto, devido sua grande área de distribuição ele não está em perigo.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Leopardo (Panthera pardus)
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Um dos animais mais furtivos da África, o leopardo anda em seu habitat como um fantasma. Sua população é maior que o dobro das populações de leões e guepardos juntas. No entanto, é muito mais difícil ver um leopardo em um safári do que qualquer outro grande felino. A conversão de seu habitat em plantações e pasto, a retaliação de fazendeiros que querem proteger seus rebanhos e a competição com humanos por presas fazem com que a população da espécie siga diminuindo.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie quase ameaçada.

Leão (Panthera leo)
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Os leões são os mais sociais de todos os felinos. Fêmeas da mesma família formam bandos, enquanto os machos se unem em coalizações para tentar conquistar um bando. Caçam de forma cooperativa e podem derrubar presas grandes, como girafas, búfalos, hipopótamos e até elefantes. Mas também se alimentam de animais de pequeno porte e, em situações de desespero, podem comer carniça. São caçados em retaliação pela morte de pessoas e do gado na África. Seus ossos também podem ser vendidos para a fabricação de medicamentos. Eles entram como substitutos dos ossos de tigre que se tornam cada vez mais raros.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): vulnerável.

Leopardo-das-neves (Panthera uncia)
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Acostumado a baixas temperaturas, grandes altitudes e terrenos áridos, o leopardo-das-neves é encontrado nas montanhas e penhascos no centro da Ásia. Conflitos com pessoas, tráfico de animais e uma queda na quantidade de presas são as principais ameaças enfrentadas pela espécie.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie ameaçada.

Serval (Leptailurus serval)
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Com grandes orelhas, pescoço comprido e pernas longas, o serval é encontrado na beira de rios, lagos e brejos onde a vegetação é alta. Não se interessam por animais domésticos e podem beneficiar fazendeiros controlando a população de roedores. Aves, peixes, sapos e insetos fazem parte do cardápio.

 Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Pantera-nebulosa (Neofelis nebulosa)
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Rosetas em forma de nuvens irregulares espalhadas pelo corpo batizaram a pantera-nebulosa (também conhecida como leopardo-nebuloso). Com até 1,1 metro de comprimento é o menor dos grandes felinos, mas sua habilidade de escalada rivaliza com a de muitos gatos pequenos. Caça macacos, aves, porcos-espinhos e veados. É encontrado em florestas densas no Sudeste Asiático, habitat com uma das mais altas taxas de desmatamento no mundo. O felino também é alvo do tráfico de animais. A pele é vendida para a confecção de casacos, os ossos para a fabricação de remédios, a carne é consumida em pratos exóticos e indivíduos vivos são negociados como animais de estimação.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie ameaçada.

Pantera-negra (Panthera onca)
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Antes vistas como espécies diferentes a pantera-negra e a onça-pintada possuem o mesmo código genético. Indivíduos melânicos são mais comuns em florestas densas, como a Amazônia. Eles têm uma alta quantidade de melanina na pele e nos pelos (característica apresentada por algumas espécies de felinos). Leopardos (Panthera pardus) melânicos também recebem o nome de pantera-negra.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie quase ameaçada.

Lince-ibérico (Lynx pardinus)
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A origem do nome lince vem de uma palavre grega que significa luz, uma referência ao brilho dos olhos do animal quando iluminados por uma lanterna – uma característica que ajuda na visão noturna e é comum entre os felinos e se desenvolveu em outros grupos de mamíferos. São encontrados na América do Norte, Europa e Ásia. A espécie mais ameaçada é o lince-ibérico (foto), um especialista em caçar coelhos que sofre por ter uma área de distribuição restrita na Espanha e com a queda na população de sua única presa.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): criticamente ameaçado.

Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
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Escalador e saltador ágil, o gato-maracajá é muito bem adaptado à vida nas árvores das florestas, onde ficam suas principais presas. Possui uma cauda longa que serve de contra peso quando pula de galho em galho, garras grandes que melhoram a aderência em troncos e pode saltar 2,5 metros para cima em um único impulso. Foi muito caçado por sua pele nas décadas de 1960 e 1970, mas o desmatamento e a perda de habitat são as maiores ameaças à espécie nos dias de hoje.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie quase ameaçada.

Gato-pescador (Prionailurus viverrinus)
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O gato-pescador é encontrado no Sudeste Asiático próximo a rios, lagos, manguezais e pântanos, mas suas adaptações para a vida na água são principalmente comportamentais. Os dedos são ligados por uma pequena membrana e os dentes não são tão especializados para agarrar presas escorregadias. Sua preferência por ambientes à beira d’água faz com que a espécie sofra com destruição do habitat para a construção de habitações, drenagem para a agricultura, poluição e pesca (que diminui a população de peixes, sua principal presa).

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie ameaçada.

Gato-do-deserto (Felis margarita)
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O gato-do-deserto sobrevive a condições áridas a partir dos fluidos que encontra em suas presas (roedores, pequenos lagartos e cobras). Os pelos nas plantas das patas servem como isolante térmico e o felino consegue andar sem problema mesmo quando o chão está cozinhando. Graças ao seu hábito de cavar tocas na areia, consegue sobreviver aos dias quentes e às noites frias do deserto.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie quase ameaçada.

Onça-parda (Puma concolor)
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Suçuarana, leão da montanha, puma, cougar… A lista de nomes da onça-parda é longa. É encontrada das montanhas Rochosas, no Canadá, até o sul da Patagônia chilena, dos picos nevados dos Andes até os campos do Cerrado, das planícies do Pantanal até a Floresta Amazônica. Devido à sua distribuição extensa, o felino acabou recebendo vários nomes populares em línguas diferentes.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Colocolo (Leopardus colocolo)
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O colocolo é um pequeno felino encontrado na Cordilheira dos Andes. Estudos genéticos indicam que o felino também anda pelas planícies pantaneiras, onde é chamado de gato-do-Pantanal. No entanto, características físicas e habitats distintos sugerem que os dois podem se tornar espécies diferentes no futuro. Apesar de não estar ameaçado a população da espécie segue diminuindo devido à destruição do habitat.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie quase ameaçada.

Gato-selvagem (Felis silvestris)
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O gato-selvagem é uma versão maior, robusta e com pelos mais longos (especialmente no inverno) do gato-doméstico (Felis silvestres catus). Acredita-se que a subespécie africana (Felis silvestres libyca) seja o ancestral dos felinos encontrados nas casas das pessoas. Habita savanas, campos rupestres, florestas decíduas e desertos na África, Europa e Ásia.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Gato-bravo-de-patas-negras (Felis nigripes)
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Do tamanho de um gato doméstico pequeno (de 34 a 50 cm), o gato-bravo-de-patas-negras é um dos menores felinos do mundo. Caçam presas pequenas como ratos, lagartos, pássaros e insetos. É bem adaptado a regiões áridas e raramente precisa beber água. Encontrado no sul da África onde sofre com a destruição do habitat para a criação de pastos e plantações e com o envenenamento por pesticidas consumidos por suas presas.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): vulnerável.

Jaguatirica (Leopardus pardalis)
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A jaguatirica é um felino generalista. Pode ser encontrada em planícies alagáveis, como o Pantanal, em densas florestas, como a Amazônia ou ambientes mais secos, como o Cerrado. Em sua dieta estão pequenos mamíferos, répteis, anfíbios e peixes. Apesar de não estar ameaçada de extinção, são caçadas por sua pele e compradas como animais de estimação. O desmatamento é outro fator que contribui para o declínio da população da espécie

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Gato-mourisco (Puma yagouaroundi)
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Com corpo alongado e pernas curtas, o gato-mourisco, também conhecido como jaguarundi, parece mais um mustelídeo (família das lontras) do que um felino em suas proporções. Encontrado nas Américas, apresenta três pelagens diferentes: preta, principalmente em florestas, e cinza ou vermelha em áreas mais abertas, como o Pantanal e o Cerrado.

Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): pouco preocupante.

Fonte: National Geographic Brasil


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